Por Gabriel Moroti
É certo que vivemos a era da transformação digital, iniciada muito antes da pandemia e acelerada de forma exacerbada por esta. O cenário digital tem afetado de forma muito positiva os diversos setores das organizações, proporcionando benefícios e transformando as empresas.
Prova disso, é que o avanço dessa tecnologia tem ocasionado, de forma constante, a exigência de novas habilidades no ser humano profissional, e essa atualização do mundo profissional tem ocorrido na mesma velocidade que a tecnologia, em rápida evolução.
Neste sentido, temos que o conhecimento técnico deve ser valorizado, pois ter colaboradores altamente qualificados é o sonho de toda gestão. Contudo, na contemporaneidade também se exige a potencialização de competências e habilidades soft, que inclusive tem sido o grande salto para a construção de uma carreira, sendo essenciais para os profissionais do futuro. Assim, o que antes era procurado, com a revolução digital pode não ser tão necessário.
Atualmente, há dois conceitos que ganharam força e estão sendo incorporados na realidade brasileira: HARD E SOFT SKILLS, e você deve estar pensando: Mas o que SKILLS tem a ver com a nova realidade? Tudo. A palavra skill vem do inglês e significa habilidade. Nesta senda, segundo uma das definições do dicionário, habilidade é o “conjunto de qualificações para o exercício de uma atividade ou cargo; suficiência”.
Nessa perspectiva conceitual acima, a primeira remete as aptidões e habilidades que são desenvolvidas de forma técnica, através do ensino. Em suma, Hard Skills são qualidades objetivas, as queridinhas do currículo, altamente valorizadas no ambiente corporativo e ligadas a graduação, certificações, conhecimento de língua estrangeira, cursos técnicos e etc. Obviamente, são habilidades relevantes, totalmente ligadas a necessidade da empresa e o tipo de cargo/atividade a ser exercido por aquele profissional.
Por outro âmbito, ao contrário das hard skills, as soft skills são habilidades pessoais que, sobretudo, impactam o trabalho profissional. São qualidades subjetivas, habilidades sociocomportamentais e que estão ligadas diretamente as aptidões mentais do profissional. Com os desafios da nova era, a necessidade de profissionais com capacidades soft aumentou consideravelmente. Com isso, a procura por essas habilidades tem sido grande e tendem a crescer cada vez mais. São exemplos de soft skills:
- comunicação;
- proatividade;
- inteligência emocional;
- criatividade;
- capacidade de resolver problemas complexos;
- negociação;
- capacidade de ter bom julgamento e tomar decisões rápidas;
- liderança;
- resiliência;
- pensamento crítico;
- empreendedorismo.
Ainda neste sentido, a pesquisa Global Trends Report do Linkedin, de 2019, aponta que 92% dos gestores de Recrutamento e Seleção entendem que as soft skills são igualmente importantes, senão mais importantes, que as hard skills.
Sendo assim, mais do que dominar técnicas, os profissionais do futuro serão selecionados pelo comportamento, pois as soft skills dificilmente serão reproduzidas pela inteligência artificial, e neste contexto a frase de Peter Drucker permanecerá em máxima: “As pessoas são contratadas pelas suas habilidades técnicas, mas são demitidas pelos seus comportamentos”.
REFERÊNCIAS:
https://www.linkedin.com/business/talent/blog/talent-strategy/global-recruiting-trends
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/habilidade/
Sobre o Autor: Gabriel Moroti, pós-graduado em Direito Processual Civil pelo Instituto Damásio de Direito da faculdade IBMEC. Cursando MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e Org. Sustentáveis pela Universidade de São Paulo – FEA – USP Ribeirão Preto / FUNDACE. Sócio Gerente de Negócios na Sanchez e Sanchez Sociedade de Advogados.