Por Danilo Roncari Rocha
Não é de hoje que os dados e informações geradas por eles possuem sua relevância para o mundo, mas a valorização desse bem teve uma ascendência surpreendente ao longo dos últimos anos. Já ouviu a frase “Conhecimento é Poder”? É exatamente nessa linha que os dados tomam força e se materializam e se monetizam a cada dia de forma escalonada, ampla e global, ou seja, a geração, posse, armazenamento e manipulação refletem diretamente no comportamento pessoal, estratégia de negócios, tomada de decisões, mercado financeiro e nas áreas do conhecimento.
Mas o que isso importa pessoalmente ou para empresa? É inimaginável a diversidade de frentes e formas para essa resposta. Sigamos o caminho de um panorama geral nesse momento e depois poderemos explorar os campos específicos.
“Até o início do século XX, o bem mais valioso era o ouro. No século passado foi o petróleo. Agora, o bem mais valioso, em qualquer organização, é o dado”, afirmou Jaime Müller, chief operating officer da SAP, empresa multinacional de softwares empresariais, durante a sessão paralela sobre internet das coisas (IoT, em inglês) e Big Data no Encontro de Conselheiros 2018.
Dentro de uma organização, seja ela qual for e seu segmento, sempre há necessidade de elaboração de um planejamento estratégico, controle da execução e apuração se os objetivos foram alcançados para que o próximo ciclo seja melhorado e repetido e assim sucessivamente. Tudo isso no menor tempo possível, não apenas em relação ao mercado, mas em relação a si mesmo. Ser mais eficiente é muito melhor e mais lucrativo, sendo que o tempo é um forte oponente nessa trajetória.
Na prática, a análise criteriosa de dados e de forma rápida, geram maior confiabilidade na competência e segurança da estratégia, reduz custo pelo emprego otimizado de recursos, traz ganho de produtividade pela assertividade da medida, reduz o risco operacional e consequentemente traz o resultados almejado.
À medida que as empresas se orientem cada vez mais pela tecnologia e por um ritmo acelerado de trabalho, analisar os dados se torna uma prática inevitável para sobrevivência no ambiente de negócios. No livro “Successful Business Intelligence: Secrets to Making BI a Killer App”, o autor e Vice-Presidente da empresa Gartner, Cindi Howson, sugere que lideranças gastem no mínimo duas horas por dia analisando seus dados.
Mas o dado por si só não traz todos os benefícios esperados. Ele é o alicerce dessa construção. Base da informação e da geração de indicadores. E além disso, é preciso acrescentar a essa fórmula a criação de uma metodologia de estruturação, de análise e métricas objetivas a serem alcançadas, critério de avaliação, ferramentas e softwares úteis que tragam facilidades de acesso ao conteúdo e visualização.
Refletir e agir sobre a importância do modelo de negócio incorporando a valorização dos dados na cultura da organização é imposição do ritmo do mercado na era em que vivemos. Uma reflexão para todos!
Sobre o autor:
Danilo Roncari Rocha: Especialização em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV – cursando), Graduado em Direito pela Universidade de Franca. Gerente de Tecnologia, Inovação e Segurança da Informação na Sanchez e Sanchez Sociedade de Advogados.